29/06/2020
08h00
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Bolsonaro já havia comunicado que não é viável para o governo continuar distribuindo esse valor e disse ainda que vai vetar o projeto caso ele seja aprovado no Congresso.

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Foi dito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 22/06, que o governo negociaria com a Câmara dos Deputados e também com o Senado um valor que fosse possível de ser distribuído à população na quarta e na quinta parcela do auxílio emergencial, que antes era de R$600.

“União não aguenta outro desse mesmo montante que por mês nos custa cerca de R$50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema”, falou Bolsonaro em uma entrevista ao canal Bandeirantes.

“Vai ser negociado com a Câmara [dos deputados], presidente da Câmara, presidente do Senado, um valor um pouco mais baixo, e prorrogar por mais dois meses talvez a gente suporte, mas não o valor cheio de R$600”, disse.

O presidente já havia comunicado anteriormente que esse valor era inviável de ser mantido, e, no mês de maio, Bolsonaro disse à rádio Jovempan que as parcelas passariam para um valor entre R$200 e R$400.

“Conversei com o Paulo Guedes [do ministério da economia] que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$600. Eu não sei quanto vai ser, R$300 ou R$400; e talvez tenha a quinta [parcela do auxílio]. Talvez seja de R$200 ou R$300. Até para ver se a economia pega”.

Bolsonaro também comentou em sua live semanal que vetaria o projeto caso o valor do auxílio não fosse alterado. “Na câmara, por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas parcelas de R$300. Se a Câmara quiser passar para R$400 ou R$500, ou voltar para R$600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto.”

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, já afirmou também que apoia a alteração do atual valor das parcelas do auxílio emergencial.

Se o Congresso aprovar um benefício acima de R$300 e o presidente vetar a medida, é provável que a decisão seja anulada por deputados e senadores, que possuem a última palavra. Para isso, é necessário que ao mínimo metade deles apoiem a medida numa sessão em conjunto do Senado e da Câmara.

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