14/07/2020
08h00
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Não é novidade para ninguém que o coronavírus impactou fortemente o mercado de trabalho no Brasil. Mas você sabe realmente quanto foi impactado? Uma pesquisa do IBGE mostra isso através de gráficos.

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A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), feita pelo IBGE, mostrou muito bem os reais impactos do novo coronavírus sobre o nível de emprego no Brasil nos meses de março a maio deste ano.

Para você entender melhor, saiba que a PNAD Contínua tem como propósito mostrar o estado real de desemprego no país. Agora, além da Contínua, está sendo realizada também a Pnad Covid-19, com o propósito de analisar os efeitos do vírus sobre a saúde da população e também sobre o emprego.

Embora a Pnad Contínua seja um indicador oficial do desemprego no Brasil, a taxa de desocupação apontada pela última pesquisa (12,9%, comparado com 12,3% do mesmo período no ano passado) não consegue captar todos os danos que a Covid-19 causou nos empregos do país. Acima de tudo, porque quase um milhão de cidadãos simplesmente não buscam mais emprego.

Chamado de “desalentado”, esse grupo foi acrescentado de 5,4 milhões de brasileiros entre os meses de março e maio. Esse é um dos aumentos causados pelo vírus, como você pode ver abaixo.

Fonte: Gazeta do Povo

Essa situação fica ainda mais nítida se vermos outros indicadores mostrados no gráfico acima: é possível reparar que a taxa de participação na força de trabalho (ou seja, a quantidade de pessoas que estão em idade de trabalho e buscando por um) e também o nível de ocupação (ou seja, pessoas empregadas e em idade de trabalhar) tiveram uma queda considerável se comparados ao tempo de dez/2019 a fev/2020.

Informais foram os mais afetados

A Pnad mostrou ainda que aqueles que trabalham de maneira informal foram os mais afetados. Dentre aqueles que trabalham sem carteira assinada, houve uma queda no emprego de 20,8%, enquanto aqueles com carteira assinada tiveram uma redução de “apenas” 7,5%.

Outra redução também notada foi de trabalhadores autônomos, que foi de 24,2 milhões entre dez e abril para 22,4 milhões. Entretanto, o curioso é que, mesmo que o desemprego tenha aumentado, a renda média mensal das pessoas ocupadas subiu de R$2.3374 para R$2.460.

Mercado formal também surpreende

Outro fato curioso e contraintuitivo é o fato de que, normalmente, em uma crise, mais pessoas são demitidas para ajudar nas contas das empresas. Entretanto, graças à MP 936 (sobre reduções salariais e de jornada de trabalho), as demissões foram menores que o esperado.

Fonte: Gazeta do Povo

De qualquer forma, a quantidade de vagas formais de fato caiu, segundo o Ministério da Economia. Tirando março, em todos os demais meses, houve contração na quantidade de funcionários com carteira assinada demitidos.

Além disso, as contratações também diminuíram, chegando a ter uma queda de até 56% em abril (se comparado a março).

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Fonte: Jornal Gazeta do Povo