A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um sonho para muitos brasileiros. No entanto, esse importante documento sempre foi visto como algo caro no Brasil, o que torna tudo muito inacessível, principalmente para famílias de baixa renda. Por isso, o Governo começou a discutir uma possibilidade: a CNH sem autoescola.
Hoje, vamos discutir justamente esse assunto e entender o que ele significa, já que semanalmente vemos essas discussões em telejornais ou na boca do povo. E, para começar a conversa, vamos lembrar que essa temática ainda terá definições, por isso é bom acompanhar até o desfecho, combinado?
CNH sem autoescola: o sonho dos preços mais baixos
Continuando aquilo que falamos no início, o processo de tirar a habilitação costuma ser burocrático e caro demais em nosso país. E um dos valores que mais pesa no bolso é o custo das aulas em autoescolas.
Pensando justamente nisso, o Ministério dos Transportes tem se dedicado a debater com a sociedade se é possível tirar a obrigatoriedade das autoescolas nesse processo. Mas o fim da exigência não tira a necessidade de os candidatos fazerem a formação, a diferença é que eles poderiam escolher a melhor forma para fazer isso.
Dessa forma, seria possível seguir fazendo todo o curso em autoescolas ou optando por instrutores autônomos que serão credenciados para essa atividade, o que deve manter a qualidade das formações mesmo se a proposta da CNH sem autoescola for aprovada.
CNH até 80% mais barata
A principal justificativa do governo para essa mudança é o impacto econômico, principalmente porque muitos empregos exigem que os candidatos tenham a habilitação. Por falta de dinheiro, muitos brasileiros deixam de ter acesso a esse tipo de vaga de trabalho.
De acordo com uma estimativa do Ministério dos Transportes, o custo para tirar a CNH hoje ultrapassa a média de R$3.200,00, um valor que muitos brasileiros simplesmente não conseguem pagar – sem considerar que o processo pode ser mais caro se o candidato não é aprovado na primeira tentativa das provas e dos exames.
Com a nova proposta, a projeção é que esse custo tenha uma queda de até 80%, o que pode resultar em investimentos de cerca de R$640,00 para tirar a CNH sem autoescola. Ou seja, é uma diferença gritante e com capacidade de impactar positivamente milhares de pessoas.
E você deve estar com dúvidas sobre como é possível que a carteira fique tão barata assim, correto? O governo prevê que haja uma mudança na forma de ofertar o curso teórico para a formação de condutores. Nesse caso, os centros de formação podem oferecer cursos 100% digitais mais baratos.
Com mais possibilidade de escolher, a concorrência entre instrutores e autoescolas também deve aumentar, favorecendo a redução dos preços para aquelas pessoas que há tempos sonham com a carteira de motorista.
Ou seja, esse projeto tem tudo para ser positivo, desde que aprovado e que as pessoas entendam que ele não significa o fim das autoescolas, nem mesmo que as pessoas vão tirar a carteira de forma fácil, sem conhecimento.
Ainda com a medida relacionada à CNH sem autoescola, o Ministério dos Transportes espera que mais de 20 milhões de brasileiros que hoje dirigem sem carteira possam regularizar a situação, considerando que os preços deixarão de ser um vilão nesse processo.
Como vai funcionar a consulta pública?
É importante deixar claro também que a proposta da CNH sem autoescola não significa o fim dos exames. As provas teóricas e práticas continuarão obrigatórias e seguirão o mesmo rigor, por isso o candidato vai precisar fazer tudo direitinho para provar que tem as competências necessárias para dirigir com segurança.
A flexibilização ocorrerá, portanto, somente na forma de preparação. O futuro motorista não teria mais a obrigação de cumprir as 20 horas-aula práticas mínimas em um Centro de Formação de Condutores, já que poderá contratar um instrutor autônomo.
Já o conteúdo teórico também poderá ser estudado em plataformas de ensino a distância em empresas credenciadas ou por material digital oferecido pela própria Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). governo defende que a mudança não compromete a segurança.
Consulta pública
A proposta está em consulta pública por 30 dias na plataforma Participa + Brasil e permite que qualquer cidadão envie sugestões. Depois, o texto segue para análise e possível aprovação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Vale pontuar que o modelo proposto na CNH sem autoescola se inspira em práticas já adotadas em países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. A discussão é sobre como encontrar o equilíbrio entre a economia, o acesso e a qualidade da formação dos novos motoristas.
E você, o que acha de visitar a página e dar a sua opinião sobre a CNH sem autoescola? Isso é cidadania!