
Todo final de mês é igual. As contas chegam e a gente fica: como é que eu consegui gastar tanto dinheiro assim? Como é que vou pagar isso tudo? Nem sempre conseguimos lembrar de todas as contas que fizemos e a partir disso começam os malabarismos para pagar tudo do jeito que dá – quando não é o caso de deixar de pagar.
Se você quer mudar essa realidade e entender mais sobre contas fixas e variáveis e como reduzi-las, esse conteúdo é para você!
Contas fixas e variáveis
O primeiro passo para organizar a nossa vida financeira é entender o quanto ganhamos (entra salários, rendas de aluguéis ou bicos) e o quanto gastamos. O primeiro, a gente sempre sabe. Mas o “quanto gastamos” nem sempre é tão claro assim. E a surpresa vem ao final do mês com aquele peso na consciência e o desespero por não saber como pagar tudo. Por isso, entender mais sobre as contas fixas e variáveis é tão importante.
Em finanças pessoais – e empresariais – existe uma coisa básica, que é a diferenciação entre contas fixas e variáveis. As contas fixas são aquelas que todos os meses chegam pra gente. Não tem como fugir, nós pagamos sempre. É o exemplo de conta de água, luz, internet, telefonia, mensalidade escolar, da faculdade ou academia de ginástica, prestação do carro, parcelas de empréstimos. Se você reparar bem, essas contas geralmente têm o mesmo valor ou variam muito pouco.
Observe que as contas fixas nem sempre serão mensais. Despesas como IPTU e IPVA são fixas, mas cobradas anualmente. E por se tratar de valores quase sempre mais altos, faça pequenas reservas ao longo do ano para cobri-las ou utilize bonificações de final de ano e o 13º salário para pagá-las sem ficar no sufoco no início do ano.
Já as contas variáveis, são aquelas que, como o próprio nome diz, vão ter valores diferentes, já que dependem do nosso consumo. Vamos observar alguns exemplos: compras de supermercado podem variar. Se em um mês você comprar todo o material de limpeza suficiente para dois meses, no próximo mês você já terá uma redução no valor total da compra.
E sim, você estava esperando por ele: o cartão de crédito. Há meses em que nossa fatura está baixinha (que sonho!) e tem outros que o cartão está estourado, sem limite e com um conta final astronômica (socorro!). E essa talvez seja uma das contas variáveis mais temidas e, ao mesmo tempo, a que mais temos possibilidade de mudanças!
Calcule as despesas mensais
Agora que você já sabe a diferença entre as contas fixas e variáveis, está na hora de registrá-las. E isso tem um motivo simples e transformador: nós só conseguimos ter organização financeira se sabemos exatamente quais são os nossos compromissos financeiros e, principalmente, para onde está indo o nosso dinheiro.
Se você é das antigas, pegue aquele caderninho que fica na gaveta e anote suas contas fixas e variáveis. Comece pelas contas fixas, que todos os meses você precisa pagar. Se você percebe que seus gastos fixos, por exemplo, são de R$ 1.500,00 e os seus ganhos são de R$ 2.500,00, você terá R$ 1.000 reais para cobrir seus gastos variáveis. Por isso, o mais importante é que esses gastos nunca ultrapassem esse valor.
Você também pode registrar suas contas fixas e variáveis em planilhas ou por meio de aplicativos de organização financeira. Esses aplicativos, geralmente, são bastante simples e ajudam na organização. Por isso, busque um deles que seja gratuito e comece hoje mesmo a ter informação precisa sobre os seus gastos mensais.
Garantir o pagamento de contas fixas e variáveis é um dos primeiros passos fundamentais para a sua liberdade financeira. Mas, o ideal é que você também consiga reservar parte desse valor para fazer uma reserva de emergência e até mesmo começar uma poupança – você pode continuar seguindo nossas dicas sobre como começar pequenos investimentos.
É possível prever as despesas variáveis?
Você deve estar se perguntando: como prever as contas variáveis? Sim, de certa forma, é possível. Por exemplo, você teve gastos no cartão de crédito com um novo móvel que comprou para a sua casa e fez parcelas no cartão de crédito e também precisou utilizar o cartão de crédito para pagar o supermercado. A partir dessa previsão de contas que você gastará no mês, é possível, sim, estimar.
O pulo do gato, no entanto, está na seguinte dica: estime os seus gastos e limite-os. Ou seja, ao fazer o seu orçamento para os próximos meses, considere suas contas fixas e variáveis, estabelecendo o quanto pode gastar em contas variáveis. Dessa forma, se você costuma gastar R$ 600,00 no cartão de crédito, reduza esse valor para R$ 400,00 – se possível dentro da sua realidade, claro.
Como reduzir as contas?
O ideal, portanto, é que você planeje sempre os seus próximos meses, mapeando os gastos que terá para conseguir pagar suas contas fixas e variáveis. Mas se você deseja reduzir essas contas, faça uma varredura em suas contas e veja em que ponto é possível diminuir os gastos. Às vezes, você vai perceber que não precisa pagar assinaturas de streamings ou que pode reduzir a quantidade de vezes que pede lanches ou comidas por aplicativo.
Cozinhar em casa, pesquisar preços, aproveitar promoções são algumas das formas de reduzir as contas fixas e variáveis. Mas se você quer conferir mais dicas de como economizar no dia a dia, clique no botão abaixo e confira mais dicas!