01/08/2025
15h54
embalagem menor

Sabe quando você compra aquele biscoito de sempre, mas percebe que ele está acabando mais rápido? A embalagem menor até parece igual, mas a quantidade que vem dentro é bem menor do que vinha antes. O pior é que o preço continua o mesmo ou, às vezes, até mais caro. Isso tem nome: reduflação. Um termo difícil, mas que está acontecendo direto e quase ninguém percebe logo de cara.

Leia o texto e vem entender os motivos pelos quais essa diminuição de quantidade vem acontecendo!

Por que isso acontece?

A reduflação é uma estratégia que muitas empresas usam quando tudo começa a ficar mais caro pra elas também. Ao invés de aumentar o preço dos produtos, elas diminuem o tamanho das embalagens ou a quantidade do que vem dentro. Assim, parece que nada mudou, só que, na verdade, você continua pagando o mesmo valor na embalagem menor do produto e levando menos pra casa.

Esse tipo de coisa começou a aparecer com mais frequência depois da pandemia de Covid-19. O mundo teve problemas para produzir e entregar muitos produtos importantes, como trigo, óleo, embalagens e até combustível. Isso deixou tudo mais caro, inclusive os alimentos. A consequência disso é que as empresas passaram a cortar no volume, tentando manter o preço e segurar as vendas.

Você percebe a embalagem menor?

A verdade é que muita gente nem percebe essa mudança, porque está acostumada com a marca, com o pacote e com a cor da embalagem. Às vezes, até há uma mensagem pequena dizendo que o peso mudou, mas nem todo mundo lê. A maioria das pessoas está preocupada em pagar barato e não percebe que está levando uma embalagem menor do que levava antes.

Especialistas dizem que as empresas fazem isso porque têm medo de perder clientes se aumentarem os preços. E é verdade: se o preço sobe de uma vez, o consumidor pode parar de comprar, mas, se o produto só diminuir um pouquinho, pouca gente repara. Aí, as vendas continuam, e o lucro das empresas se mantém, mesmo que o cliente esteja levando menos.

Menos biscoito, menos sabão!

Essa prática virou algo tão comum que está presente em quase tudo: pacotes de biscoito, café, sabão, iogurte e até produtos de limpeza. O problema é que, no fim do mês, quem paga a conta pela embalagem menor e seu conteúdo é a gente. A sensação de que o salário não dá mais para nada tem tudo a ver com isso. O dinheiro some e a despensa esvazia mais rápido do que antes.

Por isso, é importante prestar atenção na hora de fazer as compras. Comparar o peso e o preço dos produtos ajuda a tomar melhores decisões. Às vezes, o pacote grande está saindo mais caro por grama do que o pequeno. Outras vezes, vale mais a pena trocar de marca e testar algo novo. O importante é não comprar no automático, só pelo costume.

Problema em dobro

Outro ponto importante é saber que a reduflação e a inflação andam juntas. Enquanto uma faz os preços subirem, a outra faz os produtos diminuírem. No fim, o efeito é o mesmo: a gente paga mais e leva menos e, infelizmente, o salário nem sempre acompanha essas mudanças. Por isso, o nosso poder de compra cai, e a vida vai ficando mais apertada.

A dica é não se deixar enganar, pois a informação é o melhor jeito de se proteger. Na dúvida, leia a embalagem, compare, pese, faça as contas. Pode dar um pouco de trabalho, mas no fim vale a pena. Afinal, ninguém gosta de pagar caro e levar pouco e se cada um ficar mais atento, essa tática começa a perder força, porque o consumidor também tem poder.