26/09/2025
14h50
juros do cartão

O cartão de crédito faz parte da rotina da maioria dos brasileiros. Ele facilita compras, dá a possibilidade de parcelar valores e ainda oferece benefícios, como programas de pontos e cashback. Porém, junto com essa praticidade existe um risco que não pode ser ignorado: os juros do cartão de crédito cobrados quando a fatura não é paga em dia.

Basta atrasar ou optar pelo pagamento mínimo para que a dívida entre no chamado crédito rotativo, que é uma das linhas de crédito mais caras do mercado. No Brasil, esses juros estão entre os mais altos do mundo, chegando a ultrapassar 400% ao ano em alguns períodos.

Mas afinal, porque essa taxa é tão elevada e como ela se torna um desafio para tantas famílias?

O que são os juros do cartão de crédito?

Quando uma pessoa paga apenas o valor mínimo da fatura ou deixa de pagar o total devido, o banco interpreta essa diferença como um empréstimo. Ou seja, o consumidor passa a usar o crédito rotativo, que é uma forma de financiamento de curtíssimo prazo, mas com custo muito alto.

Os juros nada mais são do que o preço do dinheiro emprestado. No caso do cartão, como o risco de calote é maior, as instituições financeiras aplicam taxas bem mais altas para compensar.

É por isso que, apesar de parecer uma solução rápida para quem está sem dinheiro, o atraso no pagamento do cartão pode transformar uma quantia relativamente pequena em uma dívida quase impossível de controlar.

Por que os juros são tão altos no Brasil?

Existem diferentes razões para que os juros do cartão de crédito no Brasil estejam entre os mais caros do planeta. O primeiro ponto está no alto índice de inadimplência. Como muitas pessoas deixam de pagar suas dívidas, os bancos aumentam as taxas para compensar as perdas com os clientes que não conseguem quitar.

Outro fator é o custo do próprio sistema financeiro, que envolve a manutenção de tecnologia, segurança e programas de benefícios. Além disso, mesmo havendo muitos cartões disponíveis, a concorrência não funciona de forma a reduzir drasticamente os juros do cartão de crédito, já que a maioria dos consumidores continua aceitando essas condições.

Para completar, ainda existe a falta de informação: grande parte da população não compreende o real impacto desses juros e acaba recorrendo ao crédito rotativo sem perceber que está entrando em uma armadilha financeira.

O impacto no dia a dia do consumidor

Na prática, os juros do cartão de crédito pesam diretamente no bolso. Uma dívida de R$1.000,00, por exemplo, pode dobrar de valor em poucos meses caso entre no crédito rotativo.

Essa escalada torna cada vez mais difícil quitar a fatura e obriga a família a cortar outros gastos importantes, como alimentação, saúde e educação, para tentar manter o mínimo em dia. Além do aumento da dívida, os juros altos também limitam o poder de compra, já que parte da renda passa a ser destinada apenas para pagar encargos.

Isso cria um ciclo de estresse financeiro que compromete a qualidade de vida e reduz a chance de usar o dinheiro para objetivos mais construtivos, como formar uma reserva de emergência ou investir em algo que traga retorno no futuro.

Como escapar dessa armadilha?

A melhor forma de não sofrer com os juros do cartão de crédito abusivos é evitar cair no crédito rotativo. O ideal é sempre pagar a fatura integral dentro do prazo.

Para isso, é fundamental ter controle sobre os gastos e não encarar o cartão como uma extensão da renda, mas sim como um meio de pagamento que exige muita disciplina!