19/12/2025
14h31
manutenção do padrão

A manutenção do padrão de vida daquelas pessoas que fazem parte da classe média no Brasil está cada vez mais difícil. Se você está acompanhando o cenário econômico do país ou se é o responsável em sua família por fazer as compras básicas da casa, já deve ter percebido do que estamos falando.

É claro que a manutenção do padrão de vida classe média não diz respeito somente às compras de supermercado. Mas o que temos visto é que é cada vez menos o poder de compra de forma geral, em meio a um cenário de inflação (aumento geral de preços) e fatores relacionados à carga tributária (impostos) à contratação de serviços privados (como veremos abaixo).

Como resultado, a classe média tem vivido no limite, uma vez que não tem as mesmas condições das classes mais altas para absorver esses aumentos no custo de vida e, ao mesmo tempo, não participam de programas sociais que apoiam a composição da renda em momentos mais complicados. 

O que pesa na manutenção do padrão de vida?

Um dos pontos centrais para entender essa dificuldade é a chamada inflação de serviços. Enquanto o preço de um produto no supermercado pode oscilar, os custos com educação privada, planos de saúde e seguros, que geralmente são utilizados pela classe média, tendem a subir acima da inflação média. 

Esses são investimentos que a classe média brasileira não costuma negociar, porque entende que a educação e a saúde privada, por exemplo, têm qualidade superior. Ao segurar o pagamento desses serviços privados, sobre pouco para as pessoas investirem ou manterem ali uma poupança ou reserva de emergência mais robusta. 

O custo dos impostos

A manutenção do padrão de vida também passa pelos descontos no Imposto de Renda. Recentemente, uma revisão isentou pessoas que recebem até R$ 5 mil, mas ainda assim muitas pessoas que fazem parte da classe média seguem tendo grandes descontos em seus salários. 

Se formos imaginar que um profissional seja promovido e, em consequência, comece a ganhar um salário maior (na carteira), a alíquota do imposto também aumenta, em muitos casos, o valor final líquido acaba não refletindo no bolso do trabalhador, o que é algo ainda muito questionado. 

Como proteger o padrão de vida diante desse contexto?

Para 2026, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer menos que nos últimos anos e quando haverá uma grande incerteza na economia devido às eleições e aos próprios fatores da economia, a manutenção do padrão de vida da classe média será igualmente desafiadora. 

O que é indicado, dessa forma, é revisar os gastos de forma estratégica, observando ponto a ponto o que pode ser cortado. Além disso, é o momento ideal para evitar novas dívidas de cartões de crédito e empréstimos, por exemplo, e pensar bem ao fazer grandes compromissos financeiros.

Sobre o Autor

Emelyn Vasques
Emelyn Vasques

Jornalista, atua há 8 anos nas áreas de assessoria de imprensa, comunicação e produção de conteúdos para diferentes veículos e plataformas. Destaca-se em sua trajetória a experiências como repórter no Jornal Diário do Comércio, especializado na cobertura econômica de Minas Gerais.