16/11/2025
06h33
morar sozinho

Morar sozinho virou um sonho para muita gente, mas também se tornou um desafio financeiro no Brasil atual. Antes de pensar nos móveis ou na decoração, o primeiro custo aparece na busca por um imóvel.

Em muitas cidades grandes, esses valores iniciais podem somar o equivalente a dois ou três aluguéis. Você sabia que quase 7% dos brasileiros moram sozinhos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que o índice chega a 18,9% entre mulheres com mais de 60 anos?

O aluguel e as contas fixas

Depois da mudança, os gastos fixos passam a formar a base do orçamento de quem mora sozinho. O aluguel representa a maior parcela, seguido por condomínio, água, luz, internet e gás.

Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, até mesmo apartamentos pequenos chegam a valores altos, especialmente em bairros com boa infraestrutura. Além disso, morar sozinho significa arcar com tudo sozinho, sem dividir despesas com familiares ou colegas.

Com isso, o planejamento é essencial para evitar sustos ao final do mês. Muitas pessoas se surpreendem ao perceber que luz, internet e mercado podem pesar tanto quanto o aluguel, por isso calcular esses custos antes de assinar o contrato evita arrependimentos.

Mercado, limpeza e pequenos imprevistos

Outra parte importante do orçamento envolve gastos variáveis, como supermercado, produtos de limpeza, gás de cozinha e itens básicos para manutenção do lar. Esses valores parecem pequenos quando analisados separadamente, mas somados ao longo do mês se tornam relevantes.

Para quem está morando sozinho pela primeira vez, é comum gastar mais no início, até ajustar a rotina de compras. Fazer listas, comparar preços e evitar desperdícios ajuda a manter o orçamento sob controle.

Também vale reservar uma parte da renda para imprevistos como consertos, utensílios que quebram ou pequenas reformas. Esses detalhes influenciam diretamente a estabilidade financeira.

Transporte e vida social entram na conta

Morar sozinho não significa apenas pagar contas; o estilo de vida também pesa no orçamento. Deslocamentos para trabalho, estudo ou lazer precisam ser considerados.

A depender da cidade, o transporte público pode resolver parte da rotina, mas em algumas regiões o carro ou aplicativos de mobilidade se tornam indispensáveis.

Além disso, momentos de lazer, como encontros com amigos, restaurantes ou atividades culturais, também devem entrar no planejamento. Morar sozinho não precisa eliminar a vida social, mas é importante equilibrar expectativas com a realidade financeira.

Como tornar esse sonho possível?

Morar sozinho é liberdade, mas também responsabilidade. Com informação e planejamento, o sonho cabe no bolso e vira uma fase cheia de crescimento e independência. A forma mais segura envolve montar uma reserva inicial, calcular todos os custos fixos, projetar os variáveis e criar um limite máximo para o aluguel. O segredo é estabelecer prioridades e criar uma rotina financeira que permita estabilidade e qualidade de vida.

Sobre o Autor

Silvia Azevedo
Silvia Azevedo

Desde 2022 integra o time de conteúdo do Utua, produzindo materiais em diversos idiomas. Com vivência internacional na França e nos Estados Unidos, combina visão analítica e criatividade para promover soluções que unam resultados e impacto positivo.