A separação de cada perfil de investidor se define pelos riscos. São “grupos” que o mercado financeiro define para colocar a pessoa que quer aplicar algum valor. Isso é feito, principalmente, para entender quanto de risco ela está disposta a assumir com seus investimentos.
A partir disso, as instituições podem indicar quais são os ativos mais compatíveis com o cliente e orientá-lo para que ele não dê passos maiores que as próprias pernas e é sobre este assunto que falaremos hoje!
Como é feita a definição do perfil de investidor?
Essa definição acontece a partir do conceito de “suitability” – termo em inglês que define a adequação do ativo ao perfil de risco de cada investidor. A Comissão de Valores Monetários (CVM) determina o que são os processos e faz os ajustes com bancos e corretoras, que devem adequar a cada tipo de cliente os produtos e serviços que recomendam.
A finalidade dessa ação é evitar que as pessoas escolham alternativas inadequadas e que coloquem o seu patrimônio em jogo. As instituições fazem essa avaliação assim que o cliente entra na plataforma de investimentos. Normalmente é disponibilizado um formulário de análise do perfil do investidor (o API).
O objetivo do questionário é levantar informações sobre a vida financeira da pessoa: renda e patrimônio, nível de conhecimento sobre investimentos, onde e quanto já investe, objetivos para o futuro e quanto de risco está disposta a correr. A partir daí, existem três perfis comuns em que a pessoa pode se encaixar.
Quais são os perfis de investidor?
Conservador
Essa é a pessoa que preza pela segurança do dinheiro acima de todos os riscos. Quando o cliente escolhe a aplicação, ele opta por ativos que tenham nenhum ou pouco risco de perda, mesmo com uma rentabilidade mais baixa.
Alguns dos perfis indicados para esse perfil são: títulos do Tesouro Direto, Crédito de Depósito Bancário (CDB) e LCIs e LCAs.
Moderado
O investidor moderado, embora preze pela segurança e tenha um conhecimento maior sobre o mercado, ele está mais disposto a correr riscos maiores para mais rentabilidade.
Ele faz escolhas com uma carteira mais equilibrada, com ativos de renda variável, como as ações e os fundos imobiliários.
Arrojado
São os investidores “agressivos”, que priorizam a rentabilidade – mesmo que precisem correr riscos maiores para isso. Além disso, é o perfil das pessoas que lidam bem com a volatilidade do mercado.
Normalmente, essas pessoas têm mais conhecimento do mercado financeiro e já possuem garantida uma reserva de emergência. Afinal, não se pode arriscar sem proteger parte do seu patrimônio.
Mas isso não significa que esse perfil faça somente investimentos na renda variável. Produtos de renda fixa também são considerados para que os arrojados possam ter uma carteira diversificada.
Decisões de investimento vão além do perfil
A escolha dos ativos financeiros também precisa levar em consideração outros fatores além do perfil do investidor, como: valor que a pessoa tem para investir, se vai usar todo o seu dinheiro ou possui uma reserva de emergência, tamanho do patrimônio, entre outros.
O seu momento de vida também deve ser considerado. Aquele que não tiver muito tempo ou não se sentir confiante, deve optar por fazer devagar e, se tiver dúvidas, não ultrapassar seu próprio limite.
Além disso, o investidor não é “proibido” de aplicar em um ativo que suja do seu perfil. Porém, é obrigação da corretora advertir sobre os riscos maiores do que os indicados para o seu momento.
O perfil pode mudar?
De acordo com o crescimento do conhecimento sobre o mundo das finanças e o aumento da segurança para tentar novas possibilidades no mundo dos investimentos, os seus riscos tendem a mudar. Logo, o seu perfil para investir também.
Mas, para passar de um perfil para outro é necessário cumprir a regra básica: garantir a reserva de emergência e o patrimônio futuro. Depois disso, você pode pensar nos objetivos que você quer alcançar e, a partir disso, definir prazos e aplicações.
Lembrando sempre que, no fim das contas, todo esse processo é para o aumento da sua qualidade de vida!