Há poucos dias de iniciar a maior conferência do clima, que será realizada entre 10 e 21 de novembro de 2025, muitas são as polêmicas da COP 30. Muitos países nem conseguiram garantir participação no evento por conta de uma crise das hospedagens.
Essa situação ocorre pela alta dos preços em hotéis e pousadas, além da própria falta de infraestrutura hoteleira em Belém do Pará, onde a cúpula será realizada. A organização espera receber 40 mil pessoas, mas a cidade não tem capacidade para receber tantas delegações que devem chegar nas próximas semanas.
Para entender o tamanho do problema, saiba que ainda em agosto deste ano existiam pacotes de 5 dias de hospedagens ofertados por 51 mil reais aos participantes (preço para duas pessoas). Os valores chegaram a custar mais que valores do Copacabana Palace e causaram uma grande rejeição de membros de países que ainda não confirmaram a participação no evento.
Quais os riscos das polêmicas da COP 30?
As polêmicas da COP 30 significam um risco real, porque a Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por esse evento que reúne 193 países do mundo para discutir o futuro do planeta e medidas para frear o aquecimento global, solicita um número mínimo de países participantes (quórum) para fechar acordo com medidas para impedir o aumento da temperatura na Terra.
Além disso, países desenvolvidos defendem que os altos custos de hospedagens impedem que países mais vulneráveis não consigam participar. Na COP 30, são oferecidos pacotes aos países, e desde o início das polêmicas da COP 30, com a discussão da crise das hospedagens, a organização do evento vem trabalhando para que isso não dificulte a participação das delegações.
Existe uma intenção de participação de 162 países, no entanto, isso não confirma que eles participarão, e à medida que o tempo passa tudo se torna mais incerto, já que até 15 de outubro de 2025, apenas 87 países conseguiram comprar os pacotes.
Mas os riscos que envolvem as polêmicas da COP 30 são mais complicados porque o principal objetivo é fechar acordos com os países para reduzir o aumento da temperatura do planeta, e sem quórum isso pode ficar para trás.
Muito além da crise das hospedagens
Cientistas também criticam o fato de que o Brasil parece não dar o exemplo, principalmente diante dos planos de restaurar a BR-319, que liga os estados do Amazonas e Rondônia. Segundo os especialistas, essa medida tem potencial de destruir a floresta porque abrirá caminhos para ação de mais desmatamento.
O temor é que a destruição seja irreversível, ou seja, sem chances de recuperação. Várias são as questões ambientais e decisões que estão na mira das críticas, mas o anúncio sobre a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas.
De acordo com a comunidade científica, ou parte dela que publicou um artigo na famosa e renomada Revista Science, o Brasil deve se preocupar e muito com o aumento da temperatura no mundo, porque os efeitos aqui serão catastróficos. Isso se deve, principalmente, pelo fato de que essa floresta é responsável por regular os ciclos de chuvas em todo o território brasileiro.
Qual é a nossa parte?
Enquanto as polêmicas da COP 30 movimentam o noticiário mundial, nós, enquanto cidadãos, precisamos sempre acompanhar pautas que podem mudar o curso da humanidade e apoiar ações sustentáveis.
O conhecimento nos ajuda a votar e a entender melhor o que as autoridades fazem, independente de partidos políticos ou figuras políticas. E estamos em um momento em que toda ação é crucial, porque os efeitos do aquecimento global já estão claros para todos nós que enfrentamos desastres naturais difíceis de superar.