
As mães solo também são popularmente chamadas por “mães solteiras” ou, ainda, “mães chefes de família” e representam, atualmente, cerca de 12 milhões de famílias brasileiras que são classificadas como monoparentais, isto é, só possuem uma pessoa que é responsável por manter financeiramente essa família, não havendo qualquer participação financeira e psicológica do pai das crianças.
No texto de hoje falaremos um pouco sobre essa parcela da população que embora seja muito expressiva em quantidades, acabam por vezes sendo esquecidas e desvalorizadas na sociedade como um todo.
Dados importantes sobre as mães solo no Brasil
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, havia cerca de 12 milhões de famílias chefiadas por mãe solo no Brasil e essas mulheres, muitas vezes, encontram grandes dificuldades relacionados à vida profissional e a renda famíliar.
Muitas dessas mulheres precisam conciliar responsabilidades familiares com a busca de emprego ou trabalho remunerado e a falta de apoio e as dificuldades em conciliar horários acabam sendo obstáculos adicionais.
Devido a esses fatores, mães solos acabam sendo mais propensas a enfrentar situações de vulnerabilidade socioeconômica, como menor acesso a educação, empregos precários, salários mais baixos e falta de apoio financeiro adequado.
Quais são as maiores dificuldades em ser mãe solo no Brasil?
- Acumulam múltiplas dificuldades: Mães solo geralmente têm que assumir todas as responsabilidades parentais, desde cuidar dos filhos e administrar a casa até tomar decisões importantes sozinhas e ser a responsável financeiramente por toda a família. Isso acaba sendo exaustivo e demanda muito tempo e energia.
- Dificuldades financeiras: Mães solo muitas vezes enfrentam desafios financeiros significativos. Elas podem ter que sustentar a família sozinhas, o que pode resultar em renda limitada e falta de estabilidade financeira. Além disso, a falta de apoio financeiro adequado do outro progenitor ou de políticas de suporte acaba agravando a situação.
- Estigma e discriminação: Mães solo ainda podem enfrentar preconceito social e discriminação. Há percepções negativas e preconceitos que podem afetar a autoestima e o acesso a oportunidades de emprego, educação e outros recursos.
Políticas públicas que dão apoio às mães solo
No Brasil, há algumas políticas públicas que têm como objetivo auxiliar as mães solo e suas famílias. Abaixo, falamos um pouco sobre tais programas, veja só:
Bolsa Família
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda condicionada que visa reduzir a pobreza e a desigualdade. Ele beneficia famílias em situação de vulnerabilidade, incluindo mães solo, desde que atendam aos critérios estabelecidos. O programa oferece benefícios financeiros mensais, desde que as famílias cumpram compromissos relacionados à saúde e à educação.
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
O BPC é um benefício assistencial destinado às pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade social. Mães solo que se enquadram nesses critérios podem solicitar o benefício, que consiste em uma renda mínima mensal.
Apoio à educação
O acesso a creches e pré-escolas é fundamental para mães solo que trabalham ou estudam. O governo brasileiro tem implementado políticas para expandir a oferta de vagas em creches públicas e subsidiar o acesso em instituições privadas por meio do Programa Nacional de Apoio à Educação Infantil (Proinfância).
Acesso à saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento de saúde gratuito e acessível para a população, incluindo mães solo e seus filhos. Isso abrange consultas médicas, cuidados pré-natais, vacinação, atenção básica de saúde e outros serviços relacionados à saúde materno infantil.
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