16/11/2025
06h54
Alzheimer

O Alzheimer ainda não tem cura, mas já existe um consenso entre especialistas: diversos hábitos do dia a dia podem reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Cuidar do cérebro não é algo que começa na terceira idade, é um processo contínuo, feito de escolhas pequenas que fortalecem a memória, a atenção e o raciocínio.

Neste texto, você encontra maneiras claras, acessíveis e cientificamente embasadas para proteger sua mente ao longo da vida.

Movimento: o cérebro também depende do corpo

Manter-se fisicamente ativa é uma das medidas mais poderosas para prevenir o Alzheimer. Caminhadas regulares, dança, musculação leve ou qualquer exercício que aumente um pouco o ritmo da respiração melhora a circulação e reduz inflamações silenciosas.

O movimento também estimula a produção de substâncias que fortalecem as conexões neuronais, ajudando o cérebro a se manter saudável e resistente ao envelhecimento.

Alimentação que protege a memória

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com a doença, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas da condição, que afeta 1,2 milhão de pessoas e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

O que você come tem impacto direto no funcionamento do seu cérebro. Priorizar frutas, vegetais, grãos integrais, azeite, nozes, sementes e peixes ricos em ômega-3 ajuda a combater inflamações e fornece nutrientes essenciais para o sistema nervoso.

Reduzir o excesso de açúcar, gordura saturada e alimentos ultraprocessados também é fundamental, já que esses itens aceleram processos que prejudicam células cerebrais. Práticas inspiradas na dieta mediterrânea e na dieta MIND são atualmente as mais estudadas no campo da prevenção cognitiva.

Sono restaurador e controle do estresse e exercícios

Dormir bem é uma das formas mais eficientes de cuidar da saúde mental e reduzir os riscos de Alzheimer. Durante o sono profundo, o cérebro elimina resíduos e toxinas que se acumulam durante o dia, incluindo proteínas associadas ao Alzheimer.

Já o estresse crônico faz o oposto: libera cortisol em excesso e afeta regiões ligadas à memória. Incorporar pausas, técnicas de respiração, meditação curta ou momentos de relaxamento ao longo do dia é uma escolha que protege tanto o corpo quanto a mente.

Estimular a mente diariamente é tão importante quanto exercitar o corpo. Aprender algo novo, ler, estudar idiomas, jogar jogos que exigem estratégia, fazer cursos ou manter hobbies que desafiam o raciocínio fortalece as conexões cerebrais.

Conexões sociais que fazem diferença

Relacionamentos saudáveis são um dos grandes fatores de proteção contra o Alzheimer. Conversas, risadas, convívio com amigos e vínculo com a família ativam áreas do cérebro relacionadas à memória, emoção e tomada de decisão.

O isolamento social é considerado um risco importante porque reduz estímulos mentais e aumenta sintomas de ansiedade e depressão, que também afetam o funcionamento cognitivo. Cultivar encontros, participar de grupos e manter trocas frequentes faz mais pelo cérebro do que muita gente imagina.

Esse tipo de atividade aumenta a “reserva cognitiva”, tornando o cérebro mais resistente a perdas ao longo da vida. Não é sobre complexidade, é sobre constância.

Check-ups e cuidado com a saúde geral

Algumas condições físicas, como pressão alta, diabetes, colesterol elevado e perda auditiva, estão diretamente ligadas a um risco maior de Alzheimer. Por isso, acompanhar a saúde de forma regular, ajustar tratamentos e buscar orientação médica quando necessário é fundamental. Cuidar do corpo é, no fim das contas, cuidar da mente.

Sobre o Autor

Silvia Azevedo
Silvia Azevedo

Desde 2022 integra o time de conteúdo do Utua, produzindo materiais em diversos idiomas. Com vivência internacional na França e nos Estados Unidos, combina visão analítica e criatividade para promover soluções que unam resultados e impacto positivo.