A vacina contra o HPV – sigla papilomavírus humano – ainda não é aplicada em todas as crianças e adolescentes brasileiros. E isso é muito negativo por vários motivos. O primeiro deles é que essa é uma verdadeira arma contra uma infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, que é o HPV.
E, de verdade, não há motivos para não tomar a vacina contra o HPV. Ela é ofertada de graça, em nosso Sistema Único de Saúde (SUS). A questão aqui é que ela é destinada a crianças e a adolescentes justamente para evitar que eles tenham contato com um dos mais de 200 tipos de HPV antes de iniciarem a vida sexual.
Por isso, hoje vamos te ajudar a entender um pouco mais sobre a vacina e por que ela é tão importante, já que ajuda na prevenção de diversos tipos de câncer. Não vacinar contra essa doença traz um sério risco de desenvolvimento de lesões malignas que afetam homens e mulheres. Bora conhecer mais sobre o assunto?
O que é o HPV?
Como já adiantamos, o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é um vírus que afeta a pele e as mucosas, principalmente aquelas do sistema respiratório e genital. Eles são muito conhecidos por causar verrugas nas mãos, nos pés e também na região íntima de homens e mulheres.
Cada tipo de HPV – existem mais de 200 – podem causar desde verrugas a tumores malignos, ou seja, o câncer. É comum que esse vírus cause o câncer de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta, o que reforça ainda mais a necessidade de estarmos com a vacina em dia e de incentivar a vacinação de crianças e adolescentes.
Como identificar o HPV?
Nem sempre é fácil identificar a presença desse vírus e é por isso que a vacina contra o HPV é tão importante. No geral, os sintomas são as verrugas e alterações no colo do útero. Especificamente na mulher, o único exame que vai demonstrar essas alterações no colo do útero é o papanicolau.
Assim, mulheres que já iniciaram a vida sexual devem sempre manter em dia a rotina de consulta com o profissional ginecologista. Isso é fundamental para identificar lesões malignas e iniciar o tratamento o quanto antes.
Formas de transmissão e prevenção
Como você viu, o HPV é passado na maioria das pessoas de pessoa a pessoa, durante o contato direto com a pele e principalmente por meio do contato sexual. Mais uma vez, o uso dos preservativos – camisinhas femininas e masculinas – se torna fundamental para evitar o contágio.
Embora seja mais raro, o vírus também pode ser transmitido por meio do contato com roupas íntimas, compartilhamento de toalhas e outros objetos. O ideal, portanto, é evitar ter contato, emprestar ou pedir emprestado objetos e roupas de uso pessoal.
Quem pode tomar a vacina contra o HPV?
A vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde, o SUS, para pessoas entre 9 e 14 anos. Mas o Governo costuma fazer campanhas ampliando a faixa etária de vacinação a cada ano, justamente para que essa vacina chegue a mais pessoas.
Além disso, para adultos que nunca tomaram a vacina contra o HPV na faixa etária indicada, é possível buscar os laboratórios da rede privada para se vacinar. Pessoas com até 45 anos de idade podem tomar as doses da vacina contra o HPV e garantir essa proteção tão importante que nos ajuda a prevenir contra doenças ainda mais graves, como o câncer.
Em muitos casos, quando o HPV avança, procedimentos cirúrgicos são indicados, e ninguém precisa chegar a esse ponto com a vacina contra o HPV disponível de graça, não é mesmo? Oriente as crianças e os adolescentes a tomarem as doses da forma correta, respeitando o intervalo entre as aplicações.